Livro “Ramen/Lámen” com Resumo para Baixar em PDF

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Ramen/Lámen é um livro escrito por Rafael Salvador Jo Takahashi e publicado por Editora JBC. Foi desenvolvido no formato Capa comum e está dividido em 200 páginas.

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Resumo do Livro "Ramen/Lámen" de Rafael Salvador Jo Takahashi

O livro "Ramen/Lámen" foi escrito por Rafael Salvador Jo Takahashi.

A obra, lançada em 2018, apresenta uma viagem pela história e cultura do ramen, prato japonês que se popularizou em diversos países, inclusive no Brasil.

Takahashi, que é descendente de japoneses e estudioso do tema, aborda desde a origem do ramen até as variações que surgiram em diferentes regiões do Japão e do mundo, passando pela técnica de preparo dos ingredientes e do caldo que dão sabor ao prato.

Além disso, o autor também explora a relação cultural e social que o ramen possui com a sociedade japonesa, desde os estabelecimentos tradicionais até a modernização e popularização do prato.

O livro é um convite para uma imersão na cultura e gastronomia do Japão, através do prato que conquistou o mundo.

Conheça as informações técnicas relacionadas ao livro.

TítuloRamen/Lámen
AutorRafael Salvador Jo Takahashi
EditoraEditora JBC
FormatoCapa comum
Páginas200 páginas
ISBN 106555943637
ISBN 139786555943634
Preço Preço Revelar preço



O livro Ramen/Lámen é bom!

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Em resumo, isso significa que o livro Ramen/Lámen é considerado uma boa leitura. Você pode comprar, não vai se arrepender.

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Ramen/Lámen - Resenha

Resenha é texto usado para descrever e analisar alguma produção textual – no nosso caso, as obras literárias. Todos os livros, de modo geral, podem ser resenhados. Além disso, há também as chamadas resenhas temáticas, que reúnem informações de diversos livros e autores que abordam um mesmo assunto.

Veja abaixo os pontos positivos e os pontos negativos do livro Ramen/Lámen de Rafael Salvador Jo Takahashi.

Principais pontos positivos deste livro

Veja abaixo os pontos positivos enviados por nossos usuários:

  • Ponto positivo Aqui temos a maior colônia japonesa do Mundo e temos a vantagem de buscar na fonte original os fundamentos de diversas manifestações culturais como a Literatura
  • Ponto positivo este gostoso também pode significar uma dieta mais saudável
  • Ponto positivo ainda há um grande potencial a ser explorada numa região de 12 milhões de habitantes
  • Ponto positivo veja bem....
  • Ponto positivo Num mundo cheio de intolerância como suportar este tipo de situação

Principais pontos negativos deste livro

  • Nenhum ponto negativo informado até o momento.

Comentários e análises dos usuários

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Ramen/Lamen: o Fio Condutor para a imersão no Caldo Cultural da Gastronomia Japonesa. O livro Ramen/Lámen lançado no começo de Novembro de 2022 é um projeto que teve uma duração de 4 anos do escritor e produtor Jo Takahashi, ou ainda, Jo San para os mais íntimos.

E nesta trajetória do livro até seu lançamento enfrentou uma das mais graves crises sanitárias mundiais, a COVID, que ceifou vidas e negócios.É o 3º livro gastronômico lançado por Jo Takahashi, desta vez pela Editora JBC e que tem em seu catálogo muitos mangás.

Podemos cair na tentação de pensarmos de que este livro ficasse restrito a questão meramente sensorial ou ainda de etiquetas sociais a serem seguidas ou mesmo ter pretensão de soar descolado e no hype.

A percepção que se tem ao se ler este livro é que a gastronomia japonesa pode ser um fio condutor para a compreensão de Cultura Japonesa em diferentes camadas, como a Histórica, Geográfica e Filosófica.

E que este fio condutor ainda pode criar ou ainda reconectar laços de amizade que muitas são rompidos pela correria bestial do mundo moderno.

Falar do Lamen somente do ponto de vista de mais um prato tem o seu papel. Mas caso haja um interesse de ir além da experiência gustativa é interessante entender outras camadas de conhecimento, de modo a tornar a experiência ainda mais prazerosa e com significado, que é o que livro de Jo San proporciona.

E de modo a facilitar esta imersão na Cultura do Lamen, o projeto gráfico conta com fotos realizadas por Rafael Salvador e ilustrações da Mika Takahashi.

Apesar da Pandemia ter atrasado o lançamento deste livro num par de anos, nota-se a preocupação investigativa de incluir atualizações de registros estatísticos do ano de 2022.

E nesta investigação, relata-se que o fenômeno Ramen é um acontecimento que um tanto recente, com a popularização de variantes na forma de servir a partir dos anos 2000, como Tsukemen (macarrão servido separado do caldo mais encorpado) e Hiyashi Ramen (servido frio).

Mesmo a história do macarrão, ainda tem muito a ser desvendada. Por exemplo, descobertas arqueológicas do macarrão no sítio arqueológico Lajida na China ocorreram em 2002.

Os números do Lamen são um tanto surpreendentes. Por exemplo, só no Japão há mais de 30 mil casas especializadas de Lamen, sem contar aquelas que servem Lamen e outros pratos.

Dando uma “googlada” constata-se que no MUNDO há cerca de 40 mil restaurantes Mc Donalds em mais de 100 países.

No Brasil, ou sendo mais específico, na Cidade de São Paulo constata-se o surgimento de novas casas especializadas em Lamen, principalmente após o surgimento da Casa Jojo Ramen em 2016 que contou com a montagem do cardápio feita pelo Mestre Japonês Takeshi Koitani, trabalhando com insumos japoneses estritamente insubstituíveis e os locais.

Em termos numéricos na Cidade de SP, temos em torno de umas 20 casas dedicadas a Lamen, ou seja, ainda há um grande potencial a ser explorada numa região de 12 milhões de habitantes.

Em nossa síndrome de Vira Lata, achamos o Brasil uma merda, mas é bom, pois sempre a grama do vizinho é mais verde.

Aqui temos a maior colônia japonesa do Mundo e temos a vantagem de buscar na fonte original os fundamentos de diversas manifestações culturais como a Literatura, o Cinema, os Mangas, os Animes, os Live Actions de Tokusatsu e a Culinária, traduzindo a partir dos originais e não a partir da tradução da tradução.

E nesse recém movimento da difusão da Lamen no Brasil, encontramos uma verdadeira Antropofagia Cultural e Culinária, onde são fundidos os fundamentos da cozinha japonesa, como o Umami, com os ingredientes regionais do Brasil e também respeitando a sazonalidade.

E neste movimento do Lamen no Brasil nota-se uma nova geração com uma bagagem cultural e acadêmica sólida de descentes e não descentes de japoneses, mas sempre com um olhar no Japão.

Esta antropofagia cultural e culinária é percebida tanto nos relatos de uma nipo-descendente como a Simone Xirata do Jojo Ramen, em sua busca por ingredientes locais, quanto de um não descendente como o Thiago Bañares do Tan Tan Noodle Bar, que ousou em fazer um caldo a base carne bovina e o cupim como topping, quando o tradicional é fazer o caldo base com carne de porco e/ou galinha e topping com carne suína.

E nesse caldo cultural que conforta há um respeito pela tradição como também inovação, que é uma característica que o Lamen permite, diferente de outros pratos japoneses onde não há tanta margem assim para experimentações.

Já o Sushi que conhecemos aqui no Brasil sofreu uma certa influencia dos EUA, o que pode ter provocado certas distorções ou ainda induções, como o uso exagerado do Salmão.

E diferente do Sushi, o Lamen é um prato mais popular e menos intimidador, não correndo o risco de ser julgado conforme a etiqueta.

E em termos de etiqueta, um costume permitido no Japão é chupar o macarrão fazendo bastante barulho e denominado em inglês de “slurp”.

Há quem diga que o slurp é uma técnica utilizada pelo japonês para esfriar o macarrão antes de chegar na boca.

Esta teoria não encontrei citada no livro e confesso que não acredito, pois o Japonês chupa com barulho o macarrão frio como o Somen.

E por incrível que pareça no momento em que estava escrevendo este texto me deparei com um post no Instagram da NHK World Japan falando justamente sobre o slurp no soba.

Lá a explicação dada é sensorial, argumentando que a entrada de ar ao chupar o macarrão soba enriquece o paladar ao espalhar o sabor em outras cavidades.

Este costume de comer fazendo barulho acabei eliminando devido a a sua má reputação no Brasil e preciso me reeducar para saber comportar em diferentes contextos.

No filme japonês Tampopo há uma cena de etiqueta engraçada onde uma turma de japoneses não contém este costume num restaurante ocidental.

E neste processo antropofágico é bem vinda a atuação tanto das mulheres como dos não descentes, que acabam encontrando de forma própria, seu caminho pessoal na transmissão dos conhecimentos e valores, dominado por um mundo machista e conservador, que é caso da Chef Michele Dupont, conhecida como Ramen Girl, que transmite os ensinamentos de como preparar um Ramen, desde a massa, passando pelo caldo e finalizando nos toppings.

Nesta jornada onde o fio condutor do resgate da identidade é o fio de lamen, podemos saborear de forma mais profunda quando conhecemos a Cultura Japonesa, ainda mais para os nipo-brasileiros.

Ao longo dos anos é normal que as raízes de desgastem e comecemos a nos distanciar de nossas origens. E neste resgate de identidade corre-se o risco de cair em dois extremos: ou achar que só as coisas originais do Japão é que prestam, ou achar, que a cultura japonesa é algo desprezível.

Nem ao Céu e nem ao Inferno. Por exemplo, a Cultura do Omotenashi, onde a Hospitalidade é um Valor central, é fácil de se entender como fenômeno no Japão, onde há uma certa etiqueta social.

Difícil é transportar esta atitude num local onde há muita intolerância e prepotência por parte de clientes que se acham acima da raça humana, não significando que esta é a atitude do brasileiro típico, mas que há tipos nojentos em nosso ambiente.

E aí vem a fatídica pergunta: como tolerar os intolerantes. Por outro lado estamos no Brasil e quem deve se adaptar é quem chegou aqui e não os nativos.

Então onde está o Omotenashi num restaurante que te pede para “vazar “ assim que termine a refeição ou ainda não te sirva bebida, que é um costume brasileiro e te informa que bebida tem que comprar na loja ao lado.

Então, veja bem.... Difícil, né! Agora complicou. Num mundo cheio de intolerância como suportar este tipo de situação, sem cair em radicalismos?

Quem sabe a resposta seja, o combinado não sai caro. Há certos ambientes em que o negócio só roda a base de alta rotatividade, como ocorre com os Fast Foods.

Num ambiente onde é estabelecida a regra logo de cara no Menu, então o negócio é se sujeitar. Já no caso onde não há regra explícita, mas o Chef tem um ar misterioso e só fala japonês, logo entendo que é melhor relevar.

Como hoje temos mais opções da casa de Lamen, pelo menos em SP, podemos escolher aquele que se adequa aos nossos padrões de comportamento, onde a refeição é uma atividade social e não tão solitária como no Japão.

Aqui no Brasil, as pessoas gostam de conversar, tomar uma bebida e comer uma sobremesa. Enfim, a partir da Culinária Japonesa e em especial o Lamen, podemos seguir este fio condutor e descobrir diferentes camadas de conhecimento em diferentes setores.

E neste transporte de um prato do Japão para o Brasil, quando há uma antropofagia cultural, surgem verdadeiras obras de arte.

E o Livro de Jo permite justamente esta imersão no caldo cultural do Lamen e que veio a calhar muito bem neste momento da vida em que a Culinária Japonesa resgatou-me para a Cultura Japonesa, mas não de forma a me submeter, mas de modo a aumentar a percepção e compreensão e criar um amálgama entre duas culturas.

A Culinária que conforta pode te pegar tanto de modo afetivo como sensorial. Se não fosse gostoso, “umai”, não teria tantos adeptos no Mundo.

Mas além disso, este gostoso também pode significar uma dieta mais saudável. E nesta Jornada, o Bambu é o símbolo da flexibilidade e da resiliência que devemos nos inspirar para nos equilibrarmos entre querermos ter a razão e fundamentalistas ou sermos felizes.

Que o Lamen no Brasil continue firme nesta Jornada como o Bambu.