Livro “Todos os contos” com Resumo para Baixar em PDF

Mais de 2kg e mais de 200 contos! Num box que pesa mais de 2kg, a Companhia das Letras reúne pela primeira vez no país todos os contos de Cortázar - são mais de duas centenas de textos.

Nascido em Bruxelas de pais argentinos e criado na região metropolitana de Buenos Aires, tornou-se um dos maiores escritores argentinos e expoente da literatura latino-americana, muito por conta de sua inventividade.

No Brasil, seu maior estudioso é o crítico Davi Arrigucci Júnior, que, em doutorado, estudou toda obra de Cortázar - a tese tornou-se o livro "O escorpião encalacrado", considerado "maravilhoso" pelo próprio Cortázar, que leu a tese do autor brasileiro.

A caixa é de luxo, com projeto gráfico de Elaine Ramos (ex Cosac & Naify, atualmente na Ubu). O box é de material duro, com foto de Ulf Andersen e de interior verde-musgo.

O primeiro volume (tradução da renomada Heloisa Jahn) abarca contos de 1945 a 1966, cor de laranja puxando ao vermelho também presente nas folhas de guarda.

E o segundo volume (tradução da renomada Josely Vianna Baptista) traz os contos de 1969 a 1983, cor violeta puxando ao azul, como nas folhas de guarda.

O papel é o Pólen Soft e a fonte está um pouco maior do que a normalmente utilizada pela Companhia, tornando a leitura bem agradável.

Ao final do segundo volume há dois textos de Cortázar sobre contos (21 páginas) e ainda estudo de 18 páginas do crítico argentino Jaime Alazraki.

O preço de capa, 269,90 reais, está bem salgado (possivelmente já antevendo descontos praticados pelas grandes redes, depois de passado um tempo do lançamento).É um dos maiores projetos editoriais de 2021 e pode ser recomendado de olhos fechados, sem qualquer dúvida!

Edição Primorosa! Nesta edição, temos a reunião dos contos de Julio Cortázar em dois volumes impecáveis: no primeiro, estão os contos publicados entre 1945 e 1966 e, no segundo, aqueles de 1969 a 1983.

Cortázar, em seus textos, mostra várias facetas. Às vezes, retira coisas fantásticas de situações banais e, em outras, banalidades a partir de situações fantasiosas.

Os contos se iniciam, quase sempre, no meio da ação, como se o leitor começasse a assistir a um filme já iniciado, mas, a partir daí, vamos tomando conhecimento das nuances dos personagens e de suas vicissitudes.

O escritor se utiliza também, frequentemente, de altas doses de humor e sarcasmo para questionar o senso comum e certos comportamentos sociais, valendo-se, ainda, de diversos experimentalismos na sua prosa ora fantasiosa, ora realista, ora lírica e até mesmo romântica e, outras vezes, seca e ácida.

Os títulos dados aos contos e as frases iniciais de cada um deles já são artifícios do escritor para fisgar o leitor, pois, sempre chamam atenção por aquilo que têm de inusitado, exótico ou estranho: "As babas do diabo", "Instruções para matar formigas em Roma", "Peripécias da água", são alguns exemplos.

Será praticamente impossível passar por um engarrafamento e não se lembrar de Cortázar após a leitura de "A autoestrada do sul".

No segundo volume, temos ao final dois textos de Cortázar ("Alguns aspectos do conto" e "Do conto breve e seus arredores") e um de Jaime Alazraki ("Conto: introdução") que nos dão uma maior compreensão das influências e da forma de escrita de Cortázar.

A colocação desses textos ao final do segundo volume foi, para mim, uma excelente escolha da edição, pois, por sua natureza eminentemente visceral, a narrativa de Cortázar deve ser apreendida, inicialmente, de forma direta e instintiva, devendo o leitor, apenas depois, procurar compreender melhor o processo criativo do escritor.

Trata-se de uma excelente edição, não só por reunir textos e livros de Cortázar que eram publicados de forma esparsa ou estavam há muito esgotados no Brasil, mas também por permitir ao leitor que ainda não o conhecia ter contato com esse grande expoente da ficção latinoamericana.

De minha parte, Borges continua sendo o maior contista de todos, seguido de perto por Machado de Assis, Flaubert e Tchekhov, mas, sempre que quero sair da minha zona de conforto, busco em Cortázar uma nova perspectiva, uma nova forma de olhar e pensar a realidade e tudo aquilo que parece pronto e acabado.

Leitura indicada para todos os apreciadores da Arte do Conto e, em especial, para aqueles que já tiveram contato - e gostaram - dos textos de Julio Cortázar.

O Experimentalismo Cortazariano. Com o Selo das Companhia das Letras, “Todos Os Contos”, do argentino Julio Cortázar, é um dos lançamentos mais aguardados de 2021 pela importância do escritor no panorama literário latino-americano assim como para a literatura fantástica ou como ele preferia definir: “Quase todos os contos que escrevi pertencem ao gênero chamado fantástico por falta de um nome melhor.”Contudo, hoje em dia, esse nome já foi encontrado, suas narrativas breves são designados neofantásticos, pois “não pretendem brincar com os medos do leitor”.

Tornando mais claro, “o fantástico puro, o fantástico do qual nascem os melhores contos, poucas vezes está centrado na alegria, no humor, nas coisas positivas.

O fantástico é negativo, se aproxima sempre do terrível, do assustador. Daí vem o romance “gótico”, com suas correntes, seus fantasmas etc. Também daí vem Edgar Allan Poe, que é o verdadeiro inventor do conto fantástico moderno, sempre horrível, igualmente.

…O fantástico está centrado no lado noturno do homem, e não no seu lado diurno.”. (Página 1057)Resumidamente, estes contos se resumem a a dois livros que acumulam pouco mais de 2 quilos de papel impresso, 1086 páginas, 4950 KB, isto é, 27 horas e 20 minutos de leitura.

Números grandiosos que mereceram uma edição em capa dura, de qualidade irretocável, o que pude comprovar pouco após a chegada às livrarias, em junho, mas decidi não adquirir o box pelo preço, R$269,90, que considerei caro.

Resolvi aguardar uns meses e para minha surpresa, encontrei “Todos Os Contos” em promoção na Amazon em agosto. Comprei por apenas R$24,46 o box no formato e-book, não só por ser mais econômico, como também ele é ideal para leitura de calhamaços, inclusive, permitindo rápido trânsito entre as narrativas.

Com boas traduções de Heloísa Jahn (1945 a 1966) e de Josely Viana Baptista (1969 a 1982), os contos de Cortázar foram distribuídos em 14 livros publicados pelo autor:Volume I* A Outra Margem (1945)* Bestiário (1951)* Fim Do Jogo (1956)* As Armas Secretas (1959)* Historias De Cronópios E De Famas (1959)* Todos os Fogo O Fogo (1966)* Historias (Inesperadas) IVolume II* Último Round (1969)* Octaedro (1974)* Alguém Que Anda Por Aí* Um Tal De Lucas* Amamos Tanto A Glenda (1980)* Fora De Hora (1982)* Historias (Inesperadas) IIOutros destaques da edição são o projeto gráfico, a cargo de Elaine Ramos, e a Fortuna Crítica formada por dois textos do escritor, “Alguns Aspectos Do Conto” e “Do Conto Breve E Seus Arredores”, e outro de Jaime Alazraki, intitulado “Conto: Introdução”.

Idealmente, eles devem ser lidos ao final da leitura ou até você ter uma ideia do que se trata o experimentalismo cortazariano, ou melhor, de como ele coloca coisas absurdas numa situação normal, fazendo como um trançado no meio da realidade que a altera.

O conto dispara o leitor para um outro patamar, diferente do trivial de onde ele partiu”*, pois como assevera o autor: “um romance sempre ganha do leitor por pontos, enquanto o conto ganha por nocaute”.

(Heloísa Jahn, Folha de SP, 25/6/2021)Finalmente, caso não leia todos os contos, ao menos não deixe para os três os três mais emblemáticos da obra do autor:* “A Casa Tomada” - Inspirado em “A Queda Da Casa De Usher” de Edgar Allan Poe, retrata a rotina de dois irmãos numa casa subitamente invadida por fenômenos inexplicáveis e destituídos de razão.* “As Babas Do Diabo” - Uma narrativa sofisticada cuja temática – a dicotomia entre o que é e aquilo que aparenta ser – foi aproveitada por Michelangelo Antonioni no filme “Blow-Up”.* “A Autoestrada Do Sul” – Um engarrafamento na França prolonga-se por dias, semanas, trazendo consequências inesperadas.

Entretanto, meus contos preferidos não são esses. Se quiser conhecê-los, são:* “A Continuidade Dos Parques” - Em duas únicas páginas, o autor emaranha a personagem de um romance e quem o lê.* “Bestiário” - A narrativa intitula o primeiro livro de contos de Cortázar.

Um tigre convive com uma família sem grandes transtornos. A bem da verdade, o único cuidado dos moradores é mantê-lo à distância.

Surpreenda-se!(*) Heloísa Jahn, Folha de SP, 25/6/2021.

Em processamento. Demorei seis meses para ler todos os contos do Cortázar. Comprei o livro físico e também o ebook, o primeiro para guardar de lembrança e o segundo para ler efetivamente, uma vez que considero impossível ler livros tão grandes assim.

Gostei de ler na ordem cronológica porque vamos percebendo as mudanças no conteúdo. Muitos contos nunca foram lançados antes no Brasil então é essa coleção é uma preciosidade.

Espero que a editora lance também os livros de contos separadamente visto com há diferença na tradução e edição entre aqueles que já foram lançados no Brasil.

Cortázar merece tudo. No final há um texto dele sobre contos que é essencial, um chamado que nos ensina a ler (romance e ficção) e até mesmo a escutar uma música.

Sem pensamento crítico e sim abertura à catarse.

Um universo fantástico dentro de um box. Nem me atrevo a falar sobre a obra de Cortázar. Apesar de conhecer poucos contos dele, já fiquei encantado.

O que vale a pena mencionar aqui é a edição da Cia das Letras, que não fica devendo em (quase) nada.

Já já explico o porquê desse "quase. Vamos para a parte boa:Assim como o box de Guerra e Paz, este aqui é super resistente e promete durar bastante.

A diferença entre este e o de Tolstói é um pequeno espacinho vazio que fica no topo. Não entendi exatamente qual a função desse espaço.

Talvez para que o livro não fique preso em situações onde a umidade seja acentuada. Não sei. O tamanho da fonte é ótimo!

E a escolha da mesma também merece elogios. Como já mencionaram aqui, os caracteres são maiores do que os exemplares de Guerra e Paz.

Muitos elogios para o projeto gráfico. Cofesso que nunca gostei de capas com fotografias do autor, mas aqui abro uma exceção.

O espiral que distorce a foto do nosso querido cronópio dá um ar desconcertante que combina muito com o teor de sua literatura.

Merece menção também um detalhe: a foto do primeiro volume foi tirada quando Julio contava 45 (!) anos de idade.

A pergunta que fica: será que ele dormia em formol. Agora vamos aos pênaltis: não há fitilho. Pode parecer um detalhe bobo.

Mas já existe no mercado uma tendência que começa a nos deixar mais exigentes. A Martin Claret, por exemplo, está colocando fitilho em todos os livros de bolso dela: pude constatar isso com os exemplares Quincas Borba e Início e Fim, de Machado e Doistoiévski, respectivamente.

Por que essa comparação? Bom, a Cia das Letras é considerada a maior editora do país. Talvez, com o fitilho, o preço aumentasse.

Mas e daí. Outra coisa: senti falta de um prefácio. Confesso que não sou tão fã de material de apoio.

Porém acho que seria importante um prefaciozinho que contextualizasse a obra do Julio dentro do cenário cultural do século XX.

Algo que mencionasse a influência dele em outros autores (pelo que soube, Marcelino Freire é um dos admiradores). Por que não falar da adaptação cinematográfica de Antonioni do conto As babas do diabo?

Também há uma música do Egberto Gismonti baseada em Continuidade dos parques. Enfim, acho que ficar só nessa coisa de texto teórico (como optaram por fazer no posfácio) não agrega tanto ao público em geral.

É uma opinião minha.

MARAVILHOSO! Levei quase seis meses para ler esse livro. Eu sempre quis lê-lo, sempre fui um amante das histórias do Cortázar, e essa aventura sem dúvida valeu muito a pena.

Meu livro favorito dele é Fim do jogo, seguido de As armas secretas e Amamos muito a Glenda. Com certeza vou reler muitas e muitas vezes.

Várias histórias se tornaram minhas favoritas, aprendi muito como leitor e escritor, ainda mais por eu me identificar apenas como contista.

Esse volume contém dois ensaios sobre contos escritos pelo Cortázar e ambos são maravilhosos. Lembro de tê-los lido pela primeira vez em 2018 e foi aí que realmente me apaixonei por contos e passei a entender toda a dinâmica, a magia que esse gênero tem.

Enfim, Cortázar tem uma grande influência na minha escrita e indico muito para quem quiser conhecê-lo. É um escritor muito divertido e o e-book foi muito bem organizado.

Com certeza vou comprar a edição física.

Caixa lindíssima, vale a pena em uma promoção. A caixa e os livros são lindíssimos e eu recomendo que sejam comprados em uma promoção.

Comprei o meu por 136 e, acredito, que tenha sido o menor preço que ele alcançou, então, se quiserem economizar, esperem promoções e evitem comprar quando está 180 reais, porque esse é o preço que ele tem sido vendido normalmente nos últimos meses.

Outra coisa, para quem se irrita com esse tipo de coisa, saibam que essa NÃO é uma coleção realmente COMPLETA de TODOS OS CONTOS do Cortázar não, está faltando contos aí.

De qualquer maneira, se isso não te incomodar tanto, recomendo a compra. A caixa veio em bom estado, com uns poucos amassados.

A letra pode ser pequena para algumas pessoas, mas os livros são de boa qualidade e é um box lindo, em geral.

Clássicos são clássicos. Eu amo todos os contos desse livro, mas tenho um carinho especial por El Perseguidor. Cortazar me forma como pessoa no mundo e na literatura.

♡.

Essencial. A edição é excelente, em que pese tenha sentido falta de alguma fortuna crítica. Pra quem já é familiarizado com a obra do Cortazar, porém, trata-se de conjunto essencial.

O preço ainda é um pouco alto, mas, considerando-se o bom trabalho feito pelas tradutoras e pela editora, vale muito a pena.

Recomendo!

Recomendo. Qualidade excelente do box e dos livros. Espero que a Companhia das Letras faça um trabalho similar com duas das principais influências do Cortázar: Jorge Luis Borges e Edgar Allan Poe.

A vida em contos. Excelentes contos. Fantástico. Uma dádiva ler os contos em momentos pandêmicos que ora estamos vivenciando.

EDIÇÃO PRIMOROSA, COMPREM SEM RECEIO!!!!! Excelente impressão em ótimo gramatura e em papel pólen!!!! Até tive receio de comprar pensando que sería em papel branco safado!!!!

MAS MUITO PELO CONTRÁRIO, LINDO ACABAMENTO E EXCELENTE IMPRESSÃO, AGRADÁVEL AO LER E EXCELENTE ACABAMENTO!!!!! O TEXTO EM SI É SEM COMENTÁRIOS POR SE TRATAR DE CORTÁZAR!!!!!

EDIÇÃO PRIMOROSA!!!!!

Muito satisfeito. Fiquei muito satisfeito com os livros. Encadernação belíssima. Atendeu plenamente minha expectativa. O pedido foi entregue com a pontualidade habitual.

Muito obrigado!

A melhor edição da obra de Cortazar que se encontra no mercado editorial hoje. Edição perfeita. Opção de leitura definitiva da obra de Cortazar.

Cortázar é instigante. Esta coleção é uma grande contribuição para a divulgação de seu trabalho. A obra literária de Cotázar é muito instigante e nos convida à reflexão para entendermos melhor que somos, enquanto espécie.

Esta coleção de contos é sem dúvida mais uma grande contribuição para a divulgação do trabalho deste renomado autor.

Cortazar é de outro mundo. Finalmente saiu essa edição. O que mata é o preço. Fora isso: sensacional.

MARAVILHOSO. Que edição espetacular! Pesada que só, mas o que esperar? Perfeita.

Um tesouro. O box de Cortázar está muito bonito e luxuoso. Contendo todos os contos desse exímio escritor e mestre no gênero, é realmente um tesouro esta edição.

Excelente. Excelente.

Espetacular. Parabéns pela Cia das Letras pela edição.